Cinquenta anos depois de ganhar a eternidade, o Padre José Kentenich está de volta a Londrina.

14 de setembro de 2018 às 1:58 PM

Cinquenta anos depois de ganhar a eternidade, o Padre José Kentenich está de volta a Londrina. Em 1936, esse homem santo enviou, da Europa em guerra para nossa cidade então nascente, 12 irmãs de Maria, também agraciadas com a santidade, para fundar o Colégio Mãe de Deus. Hoje, Padre Kentenich será homenageado no palco do Teatro Mãe de Deus, com a apresentação da peça “Uma Carta de Deus”, que conta a história do fundador do Movimento Internacional de Schoenstatt, falecido há exatamente meio século.
O religioso, teólogo e educador alemão José Kentenich (1885-1968) é uma das mais importantes personalidades espirituais do nosso tempo. A qualidade miraculosa de seu trabalho, que hoje floresce em todas as partes do planeta, está em seu caráter profético e atemporal: cada obra educacional, cada obra cultural, cada obra caritativa, cada Santuário de Schoenstatt parece ter surgido exatamente para os tempos que vivemos. Ler um texto do Padre Kentenich – como os que compõem o livro “Algo novo está se criando” – é conversar com ele na manhã de hoje.

 

Se hoje vivemos tempos de uma luta de vida ou morte contra as forças do mal, vale lembrarmos que Schoenstatt nasceu como filho da guerra. A Aliança de Amor com Nossa Senhora, celebrada pelo Padre Kentenich e seus jovens discípulos em 1914, foi realizada às portas da Primeira Guerra Mundial. Em 1942, foi preso pelos nazistas no campo de concentração de Dachau, de onde sobreviveu por milagre. Nos tempos da Guerra Fria, viveu um exílio de 14 anos imposto pela própria Igreja Católica, que desejava testar a solidez da Obra de Schoenstatt. Em 1965, foi reabilitado pelo papa Paulo VI e retornou com todas as glórias a sua terra amada, cujo nome que significa “Belo Lugar” em alemão.

Com texto de Raphael Tait e direção artística de Sonia Secco, a peça “Uma Carta de Deus” vai contar a história desse grande homem que conseguiu manter uma alma ordenada e pacífica em meio ao caos do coletivismo moderno. Meio século depois da morte do Padre Kentenich, vemos que os mesmos problemas enfrentados por ele ganharam novas feições, atingiram dimensão global e chegaram a um ponto de exaustão. Aos poucos, realiza-se a profecia segundo a qual o mundo se tornaria um grande Dachau. Um mundo órfão. Um mundo sem verdade, bondade, beleza. Um mundo sem Deus.

 

 

Alguém já disse que a maior obra de um santo se realiza após a sua morte. Embora o fundador de Schoenstatt tenha realizado muitas coisas durante a vida, penso que a sua missão maior é agora. Diante das dificuldades que ainda teremos pela frente, a vida e a obra do Padre Kentenich se tornam um guia para o cristão contemporâneo. Não foi por acaso que um ele um dia afirmou: “À sombra do Santuário, serão também decididos os destinos da Igreja e do mundo”.
Padre Kentenich não nos deixou. Os mistérios da sua vida são hoje uma esperança para o nosso mundo órfão. Meio século depois, nós precisamos escolher: ou Dachau, ou

Schoenstatt. Ou o Inferno, ou o Céu.

Serviço: Peça teatral “Uma Carta de Deus”. Às 20 horas, no Teatro Mãe de Deus. Informações pelo fone (43) 3878-6800.

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