Lava-pés, instituição do Sacerdócio e instituição da Eucaristia

Pe. Francisco José Lemes Gonçalves – Com a cerimônia da Quinta-feira Santa abrimos o Tríduo Pascal, que culminará com a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, ressurreto dentre os mortos. Nas catedrais, geralmente pela manhã, celebra-se a Solene Missa dos Santos Óleos (Batismo, Unção dos Enfermos e Crisma) e, nessa mesma celebração, os padres da diocese, reunidos com o Bispo, renovam as promessas sacerdotais. Em um Momento de profunda comunhão com o Bispo Diocesano, os sacerdotes diocesanos e os sacerdotes religiosos expressam o desejo de Jesus: “que todos sejam um”.

À tarde ou à noite dá-se a solene santa missa do Lava-pés. Nela, com esse gesto, Jesus dá todo o sentido da eucaristia. Estar em comunhão com Jesus precede o ato de amor ao próximo, no simbolismo do lava-pés. Não dá para celebrar as nossas missas de forma realmente bonita se não formos solidários com o Cristo que está no outro; nossas celebrações podem até ser bonitas, mas, vazias do amor concreto. Por isso, a Igreja usa o texto de João, e não dos outros evangelistas, em relação à Instituição da Eucaristia; isso para nos sinalizar que o culto verdadeiro que agrada a Deus é precedido pela ação em favor dos irmãos, que neles está a imagem do Cristo. Depois, ao final, se leva Jesus, no Santíssimo Sacramento, a um lugar à parte, devidamente preparado, para que ali façamos-lhes companhia, meditando sua Paixão e Morte por amor a cada um de nós!

Atravessando ainda a pandemia, teremos esses momentos online em muitos lugares que, por sua vez, deverão ser bem celebrados para quem preside e para quem assiste. Por isso, ambiente sua casa, convide Jesus para cear com sua família, permita que ele lhes lave os pés do cansaço de toda essa situação que estamos vivendo já há dois anos. Não lhe recuse seus pés: tenha parte com ele neste sofrimento que passamos e, com isso, ele toma sobre si toda esta situação pelo qual nosso mundo atravessa. É o tempo de reclinar nossa cabeça sobre o peito de Jesus não para saber quem o trairá, mas para ouvir as batidas de amor de seu coração.

Participe conosco das transmissões, direto de nossos Santuários de Schoenstatt (veja aqui os horários). Junto com Maria e José, vamos formar uma grande família e celebrar estes mistérios da nossa salvação. Juntos, reúna os seus aí em casa, rezemos em unidade – quando unidos vencemos aquele que quer a dispersão, subamos o calvário com Jesus e, olhando para sua Cruz, de pé como Maria, vamos esperar as alegrias pascais!

Fonte: schoenstatt.org.br

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